By Leo Peifer on 5/02/2007 11:16:00 AM
Pretensa oração de um chela

“Não sou de ficar choramingando. Mas, precisava falar alguma coisa, mesmo que, talvez, tardia. Sinto-me como um pai que cria seus filhos e ele(s) ganha(m?) o mundo de repente. Maravilhosamente bem”.

Se tem algo que pouco compreendo é seu total senso de abnegação. Talvez, pela proeminência, no mundo artístico, de pessoas cujas vaidades despontam na esquina antes de si próprias, ele surja com abjeção pelo reconhecimento. Uma resignação inveterada nos olhos, quando se os consegue fitar.

Aquela devoção de obrigar beata a arrolar seu rosário por ter permitido apossar-se de si o pecado capital da inveja. Uma mágoa no olhar nenhuma. Fagulhas no olhar bastantes. Aquela certeza inapelável de operário que reconhece pela labuta o depender de si a edificação de uma catedral. Melancolia de alma paterna que se exige esteio dos rebentos, mesmo sabendo que esses fugir-lhe-ão vindouro dia.

Findada nossa primeira seqüência de passos, foi proveitoso nos termos voltado para trás. E ter aquela visão daquele que tanto sofre, embora aquém do que muito torça, pelas circunstâncias impingidas pela distância e pela independência.

Sim, ainda ressoam no planeta instrumentos de humildade. Meu desejo é forjar-me, a seu exemplo, idêntico címbalo.

Alex, minhas sem-palavras de agradecimento.

Comments

0 Response to ' '