
Era uma vez um bando de quase artistas que se inscreveu numa oficina de percussão coordenada pelo grupo SomCatado, de Brasília. Lew Peifer, que já apareceu nesse blog, havia sugerido que todos os integrantes do Rosa dos Ventos se inscrevessem; era de graça e os selecionados iriam abrir o show do compositor, cantor, músico, estrela e etc Nando Reis com o SomCatado. Muita gente se interessou, mas só se inscreveram Shena – a Rainha da Selva, Jesse Valadão, Marculino, Sinhá Moça, Lew Peifer, Rodrigo Malaco de Matozinhos, Ronnaldo Marques (que ainda não tem um codinome) e Sugiro – a Malaca de Matozinhos. Todos fizeram a oficina, exceto Sugiro, vacilona, que sugeriu demais e acabou se perdendo no meio de tantas palavras.
Para começar bem, enquanto todos davam seus currículos completos ao se apresentarem, os manés do Rosa dos Ventos, medíocres, apenas falaram sobre tocar em panelas de vez em quando, à exceção de Jesse Valadão, que discorreu muito bem sobre o assunto e até pediu nova chance para completar mais alguns méritos depois de passada sua vez.
Pois bem. Vamos pular a parte da oficina, que foi muito bacana, por sinal. Chegado o tão esperado dia da seleção dos “percussionistas” que iriam subir ao palco, foram todos eles para o Chevrolet Hall, onde iria acontecer o show do Nando Reis. Lew Peifer, no auge de sua baixa auto-estima, não compareceu. Ficaram um bom tempo na porta da casa de shows esperando por alguém da produção. Eis que chegam os integrantes do SomCatado. Finalmente puderam todos entrar no Chevrolet Hall para fazer a passagem de som. Sentaram-se na arquibancada para esperar mais um pouco, enquanto Sinhá Moça, especialmente escolhida por ter cara de moça com letra bonita, preenchia os certificados dos participantes da oficina.
Em seguida, o SomCatado fez uma reuniãozinha com a galera da oficina para falar sobre a seleção e as cortesias disponíveis. Havia dez cortesias e vinte pessoas, e o grupo então sugeriu que o pessoal rachasse as cortesias e cada um pagasse dez reais para tocar. A grande maioria concordou – pasmem. A conversa não teve fim e iniciou-se uma sessão de alongamentos. Porém, o grupo SomCatado não percebeu que agora estava correndo um grande perigo com aquela sugestão: Shena ficou irritada com tal situação.
Tal acontecimento tendo passado despercebido, o pessoal foi chamado para fazer a passagem de som com o resto de tempo que o Nando Reis havia deixado para tal. Só foi possível passar uma das músicas que seriam tocadas, já que o tempo havia se esgotado e a casa já tinha sido aberta para a entrada do público. Então, os participantes da oficina foram levados para um corredor estranho e sombrio para mais um papo-cabeça e a entrega dos certificados. Depois disso, deveriam esperar até o show começar. Mas onde? Não havia camarim nem sequer cadeiras. Comida? Só do lado de fora dos bastidores, mas os participantes não podiam sair, pois não tinham credencial. Algum lugar pra deixar bolsas e mochilas? No cantinho do palco, quando fosse a hora de tocar. Então, sentaram-se todos no chão, ao estilo "Ídolos", à espera de coxinhas, brigadeiros e cachorros-quentes caírem do céu.
Pois bem. Vamos pular a parte da oficina, que foi muito bacana, por sinal. Chegado o tão esperado dia da seleção dos “percussionistas” que iriam subir ao palco, foram todos eles para o Chevrolet Hall, onde iria acontecer o show do Nando Reis. Lew Peifer, no auge de sua baixa auto-estima, não compareceu. Ficaram um bom tempo na porta da casa de shows esperando por alguém da produção. Eis que chegam os integrantes do SomCatado. Finalmente puderam todos entrar no Chevrolet Hall para fazer a passagem de som. Sentaram-se na arquibancada para esperar mais um pouco, enquanto Sinhá Moça, especialmente escolhida por ter cara de moça com letra bonita, preenchia os certificados dos participantes da oficina.
Em seguida, o SomCatado fez uma reuniãozinha com a galera da oficina para falar sobre a seleção e as cortesias disponíveis. Havia dez cortesias e vinte pessoas, e o grupo então sugeriu que o pessoal rachasse as cortesias e cada um pagasse dez reais para tocar. A grande maioria concordou – pasmem. A conversa não teve fim e iniciou-se uma sessão de alongamentos. Porém, o grupo SomCatado não percebeu que agora estava correndo um grande perigo com aquela sugestão: Shena ficou irritada com tal situação.
Tal acontecimento tendo passado despercebido, o pessoal foi chamado para fazer a passagem de som com o resto de tempo que o Nando Reis havia deixado para tal. Só foi possível passar uma das músicas que seriam tocadas, já que o tempo havia se esgotado e a casa já tinha sido aberta para a entrada do público. Então, os participantes da oficina foram levados para um corredor estranho e sombrio para mais um papo-cabeça e a entrega dos certificados. Depois disso, deveriam esperar até o show começar. Mas onde? Não havia camarim nem sequer cadeiras. Comida? Só do lado de fora dos bastidores, mas os participantes não podiam sair, pois não tinham credencial. Algum lugar pra deixar bolsas e mochilas? No cantinho do palco, quando fosse a hora de tocar. Então, sentaram-se todos no chão, ao estilo "Ídolos", à espera de coxinhas, brigadeiros e cachorros-quentes caírem do céu.

Marculino, muito inteligente que é, começou a bolar um plano de fuga para conquistar comida. Shena já estava perdendo o senso de humor, e isso não era bom. Mas havia policiais na entrada dos bastidores. Seria muito arriscado. Qualquer deslize causaria danos maiores.

Nenhum plano bom o suficiente pôde ser bolado, os cérebros já não funcionavam claramente e as idéias estavam meio tortas. A fome era imensa. “Meu estômago ruge igual a um leão”, declarou Shena. Inesperadamente, Sinhá Moça, tão delicada e com a baixa resistência que tem, desmaiou.


Shena não agüentou de tanta revolta e desabafou: “O camarim do Nando Reis tá cheio de batatas Ruffles e ele nem tá aqui pra comer, tá no hotel!” O poder de Shena é tão grande que tudo que ela mentaliza acontece. Naquele momento, Shena imaginou um bando de búfalos, hipopótamos e urubus correndo em direção ao camarim de Nando Reis, e aquilo realmente aconteceu. Inexplicavelmente, surgiram aves de todos os cantos, uma manada de búfalos saiu de dentro do banheiro masculino e hipopótamos caíram de dentro dos lustres, o que causou caos total nos bastidores do Chevrolet Hall. Shena foi presa pelos policiais e levada por um camburão, sem poder se defender. Ela começou a bater nos caras, mas eram muitos.
O restante, desesperado sem a proteção da Rainha da Selva, foi pedir esmola.
O restante, desesperado sem a proteção da Rainha da Selva, foi pedir esmola.

Mas após alguns minutos, perceberam que havia um grupo de policiais se aproximando. Com esperança, Ronnaldo Marques se levantou achando que eles traziam informações de Shena. Inocente que foi, Ronnaldo foi espancado, juntamente com os outros três que também pediam esmola! Sem entenderem nada, questionaram o que estava acontecendo. Um dos policiais só apontou para uma placa bem à frente deles que dizia: “proibido pedir esmola”. Foram todos presos e levados de lá, e já nem havia mais esperança de tocar com o SomCatado. Aliás, Nando Reis provavelmente já estava sabendo de toda a confusão no Chevrolet Hall e havia decidido por deixar as batatas por lá e ficar mesmo no hotel.

Rodrigo Malaco se lembrou que tinha um serrote guardado na mochila e começou a cortar as grades da prisão. Os meninos conseguiram fugir, de tão magrelos. Sinhá Moça, com seu enorme vestido e tantos apetrechos por baixo dele, não passou pelo buraco feito nas grades, e teve que continuar por lá.

Já que agora estava sozinha, presa e abandonada, Sinhá tinha muito tempo para pensar na vida. De repente lhe vem uma questão: POR ONDE ESTARIA ANDANDO JESSE VALADÃO? Ele já estava sumido há um bom tempo... Sinhá começou a gritar e Jesse apareceu! Arrebentou as grades da prisão com seus longos cabelos estilo “Sansão” e foi o herói da noite. Mais tarde foi-se descobrir que ele havia sido atropelado por um hipopótamo no fatídico acidente mentalizador de Shena e foi levado para o atendimento médico do Chevrolet Hall, de maca. Foi captada uma foto, mas ele já estava de pé, recuperado.

Depois de tanta confusão, chegou a hora do show, e ninguém nem viu o tempo passar. Após negociações, todo mundo subiu ao palco de graça e tocou freneticamente. Felizes para sempre, o pessoal tirou fotos de “amigos para sempre”, uma foto com todos os participantes da oficina e o grupo SomCatado e outra foto empolgados no bastidores, para guardar de recordação daquele dia tão especial!



P.S.: Isso tudo realmente aconteceu, acredite quem quiser.
Para conhecer o grupo SomCatado, acesse o site http://www.somcatado.com/.
Para conhecer o grupo SomCatado, acesse o site http://www.somcatado.com/.
http://rosadosventosbh.blogspot.com/2007/07/aventura-na-selva-relato-de-uma-detenta.html?showComment=1183401480000#c6721091937243468511'> 02 julho, 2007 15:38
Como vocês percebem, a inanição afetou de forma irreversível a mente de Sinhá Moça (vide delírios e fantasias expostos), que deu um pé no Danton Mello e jurou jamais sentir fome outra vez - parafraseando Scarlett O'hara.
Assinado Lew Peifer, do alto de um surto de ironia.
http://rosadosventosbh.blogspot.com/2007/07/aventura-na-selva-relato-de-uma-detenta.html?showComment=1186423800000#c1521907521399422060'> 06 agosto, 2007 15:10
Vocês me fazem morrer de rir...