No meio da minha turnê fracassada pelos concursos públicos, eu tive um palpite. E quando a ele terminantemente fingi não ouvir, sobrevieram palpitações. Esses sintomas me diziam que se eu não estivesse, no último dia 4, sobre o palco, eu iria detestar a mim e todo o meu pacote para sempre.
Ainda bem que geminianos têm essa herança cósmica que os impele à inconstância. E estive, acredito que bem, sobre o palco do Conexão Vivo. Junto a todas as outras vinte sôfregas almas que resistem neste aglomerado de sensações, sugestões e desejos de comunicações que é a Rosa dos Ventos.
Mais de 3 mil parentes, amigos e pessoas-que-queriam-mesmo-era-assistir-logo-a-Fernanda-Takai compareceram ao Parque Municipal e gostaram ou aplaudiram ou participaram do espetáculo. Vi gente que cantava, que chorava e que acreditou na viabilidade do sonho de estar ali, já que nós, sendo o que somos, também estávamos.
Demorei uma semana para descer do pedestal. Mas o cotidiano é mesmo implacável: a aura que pensava me circundar era uma nuvem de metano irradiando do Arrudas; a multidão de pé eram os espoliados a disputar comigo uma nesga de chão do ônibus no trânsito estagnado, recriando no asfalto a celeridade do fluir das águas do rio-fossa. As pessoas que vinham ter conosco não eram senão um chefe hidrofóbico... Quando estava já decantado na minha humanidade, aí chegou o vídeo.
E a aquele nevoeiro de divindade me arrebatou de novo. No meio do expediente. De repente, os texto jornalísticos que labuto são o solo de Sovone. Quando alguém me solicita algo, está me tirando pra dançar em Sorôco. Quando o chefe rosna, está fazendo percussão em Geraldinos e Arquibaldos. Ah, tão rico quando o menino finalmente encontra sua Estrela Natal...
Ainda bem que geminianos têm essa herança cósmica que os impele à inconstância. E estive, acredito que bem, sobre o palco do Conexão Vivo. Junto a todas as outras vinte sôfregas almas que resistem neste aglomerado de sensações, sugestões e desejos de comunicações que é a Rosa dos Ventos.
Mais de 3 mil parentes, amigos e pessoas-que-queriam-mesmo-era-assistir-logo-a-Fernanda-Takai compareceram ao Parque Municipal e gostaram ou aplaudiram ou participaram do espetáculo. Vi gente que cantava, que chorava e que acreditou na viabilidade do sonho de estar ali, já que nós, sendo o que somos, também estávamos.
Demorei uma semana para descer do pedestal. Mas o cotidiano é mesmo implacável: a aura que pensava me circundar era uma nuvem de metano irradiando do Arrudas; a multidão de pé eram os espoliados a disputar comigo uma nesga de chão do ônibus no trânsito estagnado, recriando no asfalto a celeridade do fluir das águas do rio-fossa. As pessoas que vinham ter conosco não eram senão um chefe hidrofóbico... Quando estava já decantado na minha humanidade, aí chegou o vídeo.
E a aquele nevoeiro de divindade me arrebatou de novo. No meio do expediente. De repente, os texto jornalísticos que labuto são o solo de Sovone. Quando alguém me solicita algo, está me tirando pra dançar em Sorôco. Quando o chefe rosna, está fazendo percussão em Geraldinos e Arquibaldos. Ah, tão rico quando o menino finalmente encontra sua Estrela Natal...
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