By Anônimo on 5/30/2007 12:29:00 PM
Pátria-mãe Gentil

Jardel Rodrim, escrevendo aos quatro ventos.

Fizemos, na semana passada, nossa reunião costumeira e, desta vez, de café e pão nada se falou. O Rosa dos Ventos vem aprendendo a fazer reuniões. Afora alguns momentos kafkianos - notadamente um em que este que vos escreve teve de solicitar a palavra e aguardar quinze minutos apenas para perguntar se poderia sugerir novo item para a pauta - não houve interrupção, dispersão nem assassinatos.

Mas uma coisa ainda persiste: um certo objetivismo galopante, por vezes estapafúrdio. Discutimos regras e medidas objetivas para tudo: quantas faltas por mês serão permitidas? Em caso de licença, quantos meses? Se quebrou a perna, pode dizer o foda-se sentado mesmo?
A vida é uma coisa cheia de medidas, eu concordo. Mas defendi que a análise caso-a-caso é melhor, pois permite que usemos o bom-senso, que não sobrevive em ambientes excessivamente regulamentados.

Os assim-chamados "estágiarios" estão ensaiando conosco e, embora em alguns pontos do trabalho de domingo a música A outra cidade tenha se assemelhado a um daqueles arrastões da praia do Flamengo, nós vimos tudo melhorar à primeira menção do problema. Depois do ensaio, num daqueles meus momentos de corroído sadismo, convidei-os a participar da reunião. O Rosa dos Ventos não concordou, fui vaiado e os novatos saíram de fininho um a um.

Para felicidade geral do grupo, a Nega do Rosa já voltou. Então, já podemos dar por encerrada a campanha "Volta, Aline". Aproveito, porém, para lançar uma outra campanha. É que o desafio mais urgente do Rosa é se profissionalizar e, vocês sabem que o Brasil é um país adulto com mentalidade infantil. Por isso, a nova campanha será nomeada "Adote um artista profissional."

Mais dia, menos dia, o sujeito acaba recebendo o carinho da Pátria-mãe Gentil.

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