No meio do mato
do lado de cá da lagoa
uns passavam,
patos nadavam,
pequeninos gritavam.
Alguns calavam,
outros pairavam.

Destes, uma
do lado de lá da lagoa
bem de lá
entendendo que às vezes não faz sentido.
Ou não há sentido? Sentindo?

Aquele que chamou o pato saiu correndo,
o que acarinhou atirou pedra,
os que assobiavam partiram voando,
o que pediu diálogo não conversou.

Só restou prosear com Ismália,
que das luas queria todas e
na sua loucura, sonho, lua
tudo teve.
Até parar - pairar.