Foi tentando juntar o que restou que busquei aliciar um bando de palavras. Mercenárias, não fisgaram valor que lhes delegara.
Mantenho encarcerada uma máfia de sentimentos. E eis que não a pude convertê-la, pois que não se alinha à seita do alfabetismo. E se mantém, talvez por isso, selvagem, truculenta e movediça.
Passado tanto revés e infortúnio, peito meu fraciona-se em fenecer ora pelo sol do Sergipe, ora pelo estupor de Helsinque. Ao rumor que a este coração impinge, e verificado meu exército de sintaxes, desertado e o semântico, desvanecido, roga tu pelos ímpios e detratores, Paulo Leminski.
Mantenho encarcerada uma máfia de sentimentos. E eis que não a pude convertê-la, pois que não se alinha à seita do alfabetismo. E se mantém, talvez por isso, selvagem, truculenta e movediça.
Passado tanto revés e infortúnio, peito meu fraciona-se em fenecer ora pelo sol do Sergipe, ora pelo estupor de Helsinque. Ao rumor que a este coração impinge, e verificado meu exército de sintaxes, desertado e o semântico, desvanecido, roga tu pelos ímpios e detratores, Paulo Leminski.
Transar bem todas as ondas
A Papai do Céu pertence,
Fazer as luas redondas
Ou me nascer paranaense.
A nós, gente, só foi dada
Essa maldita capacidade,
Transformar amor em nada.
+++
O amor, esse sufoco,
Agora há pouco era muito,
Agora, apenas um sopro
Ah, troço de louco,
Corações trocando rosas,
E socos
+++
Parada Cardíaca
Essa minha secura
Essa falta de sentimento
Não tem ninguém que segure
Vem de dentro
Vem da zona escura
Donde vem o que sinto
Sinto muito
Sentir é muito lento
* Poesias exiladas do oportuno livro Distraídos Venceremos, do paranaense autor
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