Diz cá certa coisa: gostaria de um cd do Rosa dos Ventos, com aquelas músicas do Pererê e do Makely nos arranjos do Exercício nº1?
Pois você não o terá.
Não se irrite, eu também não. Nem ninguém, na verdade. A questão é que, após algumas aprovações nas Leis de Incentivo, quer fossem municipais, quer fossem estaduais, fomos alçados para nos estabacar. Não conseguimos aprovar mais em leis sequer chaveiro luminoso do grupo. Não temos dinheiro suficiente para contratar profissionais gabaritados para dar continuidade a nossa pesquisa de linguagem cênica e musical. Nossos - parcos - recursos remanescentes têm, até então, dado conta de nossas despesas correntes com produção e manutenção. Mas até quando, sabe-se lá.
Claro que acredito na positividade da circulação dos bens públicos e na aposta da diversidade que fazem as políticas públicas de incentivo, mas elas - só - assim fazendo tornam-se um fogo fátuo, em vez de perene lareira. Então dispendemos tempo pesquisando e ensaiando formas de tocar mente e coração da audiência, mas se não aparecem convites e apresentações e também as leis não nos suportam...
O grupo esvazia, o moral atrofia, a condição técnica dos integrantes estagna e as possibilidades estéticas, embora não extintas, ficam mais restritas. Já sabemos - duramente - que o fazer artístico é persuadir a pedra a germinar como trigo, mas cada vez tenho adicional receio dos reassentamentos que se devem fazer pela subsistência.
Mas e você, que porventura ou revés chegou até estas letras, será que guarda junto as respostas: que complô social é este, que elege os cânones artísticos e relega os demais à marginalidade e extinção? Por que as várias existências da arte, afinal, não podem coexistir igualmente perenes?
Pois você não o terá.
Não se irrite, eu também não. Nem ninguém, na verdade. A questão é que, após algumas aprovações nas Leis de Incentivo, quer fossem municipais, quer fossem estaduais, fomos alçados para nos estabacar. Não conseguimos aprovar mais em leis sequer chaveiro luminoso do grupo. Não temos dinheiro suficiente para contratar profissionais gabaritados para dar continuidade a nossa pesquisa de linguagem cênica e musical. Nossos - parcos - recursos remanescentes têm, até então, dado conta de nossas despesas correntes com produção e manutenção. Mas até quando, sabe-se lá.
Claro que acredito na positividade da circulação dos bens públicos e na aposta da diversidade que fazem as políticas públicas de incentivo, mas elas - só - assim fazendo tornam-se um fogo fátuo, em vez de perene lareira. Então dispendemos tempo pesquisando e ensaiando formas de tocar mente e coração da audiência, mas se não aparecem convites e apresentações e também as leis não nos suportam...
O grupo esvazia, o moral atrofia, a condição técnica dos integrantes estagna e as possibilidades estéticas, embora não extintas, ficam mais restritas. Já sabemos - duramente - que o fazer artístico é persuadir a pedra a germinar como trigo, mas cada vez tenho adicional receio dos reassentamentos que se devem fazer pela subsistência.
Mas e você, que porventura ou revés chegou até estas letras, será que guarda junto as respostas: que complô social é este, que elege os cânones artísticos e relega os demais à marginalidade e extinção? Por que as várias existências da arte, afinal, não podem coexistir igualmente perenes?
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